Rallye de Portugal (localidades)

A decorrer na zona Norte do pais, entre Ponte de Lima, Viseu, Coimbra e Matosinhos, temos já na A quilometragem total do Rally de Portugal 1999 será de 1.808,2 km com 23 provas de classificação que totalizarão 398,7 km. As três etapas da prova terão a partida e a chegada a Matosinhos, local que, como em 1998, será a base central do Rally.

Praia, pescaria, lavagem da roupa à borla – no rio – e catrefa de estórias da História para descobrir, eis o que espera o visitante de Ponte de Lima. Banhada pelo Lima, o “rio do esquecimento” – Letes – dos Romanos (acreditavam que ao cruzá-lo esqueceriam o passado), a vila é-o desde 1125, quando D. Teresa, mãe do Conquistador, Afonso, concedeu à povoação o primeiro foral. Dando afinal razão aos filhos de Roma, que já ali se haviam instalado e erigido a ponte original, de que hoje restam quatro arcos na extremidade norte.

Outrora denominado ‘Montelongo’, o Concelho de Fafe distribui-se por uma área de 216,72Km e 36 freguesias. Segundo os censos de 1991, a população residente é de 47817 habitantes. Serpenteado pelo Rio Vizela, desdobra-se em magníficos quadros paisagísticos, sobretudo na zona norte, onde se localiza a Zona de Caça Turística, a Barragem de Queimadela e os espectaculares troços do Rallye. Para além das belas paisagens, Fafe oferece aos visitantes a delícia da sua gastronomia, vitela assada e doces regionais, a originalidade do seu artesanato, a hospitalidade dos seus habitantes, a traça da sua arquitectura ‘brasileira’, sobretudo na cidade.

Reza a história que quando visigodos e suevos se debateram em luta no nosso território, nos inícios do século VI e após a vitória dos primeiros, se terá estabelecido por cá um dos seus notáveis guerreiros – o Conde Sevéri. Durante largos anos os familiares descendentes deste conde usaram o mesmo título, acabando por dar origem ao que hoje se chama Sever. E por tão profundas décadas terá sido o poderio desta família que no século XII em S. Mamede, ao lado de D. Afonso Henriques, pronto para o auxiliar na árdua mas gloriosa conquista da independência de Portugal, encontrámos D. Ermígio Muniz de Figueiredo, 1º Conde das Terras de Santa Maria e XXII Conde Sevéri.

Oliveira de Frades é terra antiquíssima. Para o comprovar bastará o facto de D. Afonso Henriques em 1169 da nossa era, quando estava a banhos nas hoje designadas Termas de S. Pedro do Sul, após o desastre sofrido em Badajoz, aí ter confirmado a carta de doação, aos frades de Santa Cruz, do Couto de Oliveira de Frades, então com o nome de Ulveira. Depois, durante séculos, este couto esteve integrado no concelho de Lafões, embora, pela sua importância, gozasse dentro dele de uma certa relevância, até à sua elevação a concelho em princípios de 1835.

A história de Arganil perde-se na noite dos tempos e na lonjura dos milénios. Os mais antigos testemunhos de ocupação na zona podem observar-se na aldeia da Nogueira, que alberga um monumento megalítico e na necrópole datada da mesma época, sita na Lomba do Canho. O cabeço contíguo alojou outrora um povoado lusitano que posteriormente “cedeu” lugar a bem armadas guarnições romanas. Estabelecido o acampamento no castro, lugar estratégico e inexpugnável, o exército manteve-se ali estacionado cerca de cem anos, possivelmente na charneira dos séculos I, antes e depois de Cristo.

Segundo Ptolomeu, confirmado por Contador de Argote, João de Barros e Xavier de Sousa, muito antes da dominação romana, teria existido por estas bandas a famosa Celiobriga que foi cidade (brigum), dos povos celerinos (celio), donde terá resultado – toponimicamente – Celorico. Povos Bástulos ou Bastiandos que por aqui se teriam fixado, podem estar na origem do património Basto. Esses e outros povos peninsulares devem ter ocupado extensas áreas, desde as vertentes do Tâmega, até aos montes de Barroso e de Cerva, que, no seu todo, vieram a ser conhecidas por Terras de Basto.

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